Quando o silêncio engole todas as palavras que queremos dizer, ficamos assim... sem saber muito bem como reagir a certas coisas.
Hoje descobri que, independentemente da razão que possa ter, a dor é maior por não te ter na minha vida, por não poder falar, rir e brincar contigo. Mágoas-me por não quereres entender, mas o mais doloroso é ver que já nem olhas para mim com os teus olhos doces.
Se algum dia as feridas vão sarar? Não sei, mas o meu corpo treme por um abraço teu... logo eu que não gosto de abraços...
Hoje, mais que nunca, preciso de ti, e a dor é ainda maior por saber que um metro é a medida mais distante que alguma vez conheci.
Sei que pensas que sou tua, porque fazes questão de prender-me a ti com as tuas palavras e alguns gestos que sabes bem a importância que têm para mim. Infelizmente, esqueces-te que eu também me canso das tuas saídas e chegadas. Canso-me da distância que crias todos os dias em que o silêncio fala por nós.
Tinhas-me na mão, até ao dia em que te vi por inteiro e reparei na pessoa que te estás a tornar. Vi-te no teu pior e pela primeira vez, consegui ver que tu não és melhor que eu. Queres realmente saber? Mesmo com o que penso de mim, consegues ser bem pior.
Já sofri por ti, já ri contigo, já desabafei em ti. Mas hoje, especialmente hoje, vejo que já não me fazes mal. Hoje tenho pena dos nossos momentos, de ter falado, de abrir tudo. Sim, hoje tenho pena, porque estás a mudar por não quereres ser alguém livre como sempre foste. Esconder as frustrações e tristezas de quem te adora, e como eu te adorava...
Hoje digo-te que me és indiferente. Porquê? Porque escolheste isso mesmo, e eu, só tenho que respeitar. Um agradecimento: Obrigada por me ensinares.
Esta noite fui até ao meu sítio preferido por três vezes, e vi-o de três maneiras diferentes. A Calheta é assim mesmo, um sítio mágico, especial e cheio de mistério. Lá consigo encontrar vários estados de espírito. Da última vez que lá estive a fumar o meu cigarro pensativo, vi o mar a atacar as grandes rochas sedimentares, já em estado de decomposição. O mar, é um forte agente erosivo, principalmente para as rochas formadas a partir da areia. Ela vai-se desgastando, até ficar em meras partículas soltas. A violência do mar, ao bater nas rochas, cobre-as e quase que as deixamos de ver. A espuma branca, toma conta do amarelo arenoso da paisagem, roubando partículas da sua composição. Por mais resistente que a rocha possa ser, vai deixando de existir, dando lugar à lembrança que, se calhar, muitos registos nem vão lembrar. Depois? Cai no esquecimento... Dei por mim a pensar nas muitas agressões que a rocha sofreu e ainda vai continuar a sofrer ao longo da sua, já contada, existência. No estado em que já está, já ninguém pode fazer muito por ela, qualquer alteração sofrida é uma pequena morte para o ser já por si inanimado. Se tivesse consciência e pensamento, que pensaria ela hoje? Pediria para parar? Ajudar para renascer? Ou não teria mais forças para resistir às agressões que lhe são feitas diariamente? Pediria para terminar tudo duma vez? Estará cansada? Dorída? Farta? Chateada? Magoada? Desiludida por lhe roubarem, pouco a pouco a sua beleza? Morta? Desejando a morte?É algo que nunca se saberá... Se ao menos o mar e o vento parassem de sugar-lhe a vida e sussurrassem o que lhes faz fazer aquilo, talvez se apercebessem que a beleza está no equilíbrio do que rodeia tudo. O que vi hoje foi destruição, a continuação dos outros dias. Amanhã? Só Deus saberá... Tenta descansar, rocha... Nos momentos de trégua e no "tapar de olhos" com a peneira, tenta descansar...
There is fiction in the space between The lines on your page of memories Write it down but it doesn't mean You're not just telling stories
There is fiction in the space between You and reality You will do and say anything To make your everyday life seem less mundane There is fiction in the space between You and me There's a science fiction in the space between You and meA fabrication of a grand scheme Where I am the scary monster I eat the city and as I leave the scene In my spaceship I am laughing In your remembrance of your bad dream There's no one but you standing Leave the pity and the blame For the ones who do not speak You write the words to get respect and compassion And for posterity You write the words and make believe There is truth in the space between There is fiction in the space between You and everybody Give us all what we need Give us one more sad sordid story But in the fiction of the space between Sometimes a lie is the best thing Sometimes a lie is the best thing
Tens um fardo tão grande que curvaram as tuas costas de tal maneira, que não está a ser fácil endireitares. Mas sabes duma coisa? É nestas ocasiões que te apercebes do quanto há coisas demasiado importantes na nossa vida, na maneira que agimos e falamos, em cada sorriso e gargalhada.
Por isso, estou aqui, a chatear e a melgar, porque sei o quanto algumas coisas são importantes para ti e para que o teu sorriso volte, porque iluminas todo um espaço sempre que sorris. Por mais porrada que possas dar, por mais empurrões que possas forçar para que as pessoas se afastem e te deixem sofrer sozinha, eu não saio! Eu não vou! Porque és a minha Júlia. :)