quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Um cansaço


Um cansaço assola-me parte da existência.
Não é disto ou daquilo, é simplesmente cansaço.
Puro e simples cansaço, no verdadeiro sentido da palavra.
Um cansaço no pensamento,
No sentido da rota das palavras,
Que querem sair juntamente com o sentimento.
Um cansaço de gastar as réstias de energia,
Nos que me sugam sem pedir.
Um cansaço, no verdadeiro sentido da palavra,
Onde no lugar da energia, fica um nada.



Hoje, sinto um cansaço que provoca o vazio.
O cansaço que se transforma em dor, invisível para toda a gente,
Bem real para mim, para nós, todos os que habitam em mim.
Será a alma a partir ou será o nada a entranhar-se no meu corpo?
Só quando o sentir, na sua plenitude, o poderei relatar, sem respostas concretas.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Movimento Perpétuo Associativo

O espaço é algo fabuloso. No nosso Sistema Solar, existem vários planetas, mas só o nosso possui a capacidade de ter vida (ou talvez não). Os planetas, nunca estão sozinhos. Uns possuem estrelas, satélites naturais, corpos celestes, enfim, uma data de corpos e partículas espaciais que formam os nossos céus ilimitados.

O planeta Terra, gira sobre si mesmo, fazendo assim a distinção entre o dia e a noite. Atrás de si, como quem joga à apanhada mas nunca apanha, está a Lua, que tem uma rotação onde envolve a Terra, fazendo dela o seu ponto central. A Terra é rainha e senhora de um satélite natura que não tem vida sozinha.

Por sua vez, a Terra, tal como os outros planetas, giram à volta do Sol, astro Rei, traçando uma rota sincronizadamente imperfeita entre eles. Nesse movimento, é-nos dado a sentir as várias estações do ano, conforme a proximidade da vassalagem do nosso humilde planeta.

Aos nossos olhos, o Sol é imenso, forte, que enche de via a nossa Galáxia, mas... O Sol é algo tão pequeno se compararmos com todo o Universo... Por isso, o Sol não se move, fica ali, parado, à espera que todos girem à sua volta, para ser idolatrado em todo o seu limitado explendor.

Saberá o Sol que afinal a sua grandiosidade é uma mera pequenês?

Christina Aguilera: Beautiful http://www.youtube.com/watch?v=HHXUDAU7NxI&feature=related




terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Fuckin' love...


Era tão mais fácil se tu fosses um grandessíssimo cabrão. Um insensível cujo maior passatempo fosse magoar-me minuto após minuto. Era muito mais fácil se tu fosses um desses gajos que pega na ex-namorada e a transforma no melhor assunto para criar anedotas ordinárias com o grupo de amigos.
Seria muito mais fácil tu seres assim porque em poucos dias eu passava do amor ao ódio mais rapidamente que um TGV. Passava uma semana a chamar-me estúpida e a culpar-me por ter confiado em ti, outra a tentar perceber o que tinha acontecido, outra a chamar-te todos os nomes possíveis e imaginários, ordinarão, desgraçado, filho desta e daquela, e a querer matar-te cada vez que te visse… e depois cagava no assunto. E esquecia-te de uma vez. Era limpinho.
Mas não. Tu tinhas de ser assim, continuar a ser assim, absolutamente perfeito e correcto. Não evitaste a amizade. Sorris para mim no autocarro, o teu grupinho de amigos não desata à gargalhada cada vez que eu passo, preocupas-te se não me vês na escola, gastas horas e horas em conversas comigo, dizes que sou linda, chamas-me rainha, ‘mor, sweetheart (as nossas conversas em Inglês...), e no final ainda dizes que me adoras e mandas-me um grande beijo.

Bolas, e como eu gosto que tu sejas correcto.

Como é que eu te esqueço assim, diz-me? Se o teu sorriso que eu tento à força apagar entra todas as manhãs na minha mente – bastam uns segundos e lá está ele, uma marca mais forte que ferro em brasa. Como é que eu te esqueço, se tu, só por existires, estás sempre a lembrar-me?

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Um sentimento


Um dos sentimentos que mais custa carregar é o sentimento de culpa.