sábado, 10 de abril de 2010

Entre o ser e o demonstrar

O facto de deitar alho na comida não quer dizer que goste. O facto de me arranjar com maquilhagem sapatos altos e vestido para os concertos de Côro e/ou concertos mais arrojados, não quer dizer que adore fazê-los. Tocar para um acontecimento que respeito mas não concordo, não quer dizer que venere.

Os nossos gestos e acções, muitas vezes não revelam o que nós somos daí, por vezes, algumas dessas reacções que vemos por fora nos toquem cá dentro. Por não querermos ver a outra face, por estarmos com os Olhos Bem Fechados, por elevarmos de tal maneira que não permitimos erros. o que são erros afinal? É subjectivo... Depende de cada um, de cada cultura, cada Religião. Não há nada que seja certo, a não ser a morte.

Mas, para cada acção há sempre uma reacção, seja voluntária/involuntária, consciente/inconsciente, com boa ou má fé. É aqui que quero chegar. As reacções aos sinais que por vezes vemos e a interpretação que temos deles.

Os sinais têm muitas maneiras de serem vistos, muitas mesmo. Nas minhas aulas de código discuti com o meu Instrutor. Tudo por causa de um sinal de trânsito em que não concordava com o que ele estava a responder num exame. Ele ensinou que os sinais em forma de triângulo são sinais de perigo servem para avisar que algo está mais à frente consoante o tipo de sinal que for. Até aí tudo bem. Numa ficha de trabalho apareceu o triângulo com um peão lá dentro, em que a resposta correcta para o instrutor foi que o condutor era obrigado a parar naquele sinal.

Será que foi surpresa o facto de ter reclamado que não concordava com o que disse? Argumentei e no meu argumento perguntei se quando houvesse aquele sinal seguido da passadeira se teria que parar duas vezes. Ele apenas disse: És obrigada a parar. E eu neguei sempre acreditei nas minhas convicções foi o que ele ensinou. Afinal não era só eu que tinha a dúvida, mas toda a gente se calou, menos eu. É assim que se aprende, não é?No fim da discussão, ele apenas disse: Tu vais chumbar no exame de código.

Surpresa ou talvez não, chumbei, com oito respostas erradas. Bati com a cabeça e paguei mais 200€. Apesar de ter chumbado, voltaria a dizer o mesmo, porque não fazia sentido a sua explicação, mas respeitei. Se houver quem me explique de maneira a que eu mude de ideias estarei aberta para tal. É aí que entram as segundas oportunidades, a oportunidade de estar receptível para reaprender, somos ou não somos seres mutáveis? É por isso que estamos vivos e pensamos.

Por mostrar indelicadeza não quer dizer que seja mal educada. Por mostrar insatisfação não quer dizer que esteja chateada. Por não conhecer o desconhecido não quer dizer que tenha a mente fechada para tal. Não é por mandar uns bitaites que não quero ver a tua felicidade.

O ser humano reage por impulsos. Em caso de defesa, o instinto é demasiado visível na nossa mente, e ataca. Mesmo sem querer mesmo sem medir as consequências. Assim sou eu, impulsiva quando me sinto atacada. Isso fará de mim alguém assim tão inconstante, fria e difícil?

E por toda a gente merecer uma segunda oportunidade... Olá eu sou a Carina, tenho 26 anos e moro na ilha de Porto Santo, na Madeira, muito prazer.

Quanto a ti... Amo-te, sem mais palavras...

http://www.youtube.com/watch?v=Tx6z14x1wB4

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