Sei que pensas que sou tua, porque fazes questão de prender-me a ti com as tuas palavras e alguns gestos que sabes bem a importância que têm para mim. Infelizmente, esqueces-te que eu também me canso das tuas saídas e chegadas. Canso-me da distância que crias todos os dias em que o silêncio fala por nós.
Tinhas-me na mão, até ao dia em que te vi por inteiro e reparei na pessoa que te estás a tornar. Vi-te no teu pior e pela primeira vez, consegui ver que tu não és melhor que eu. Queres realmente saber? Mesmo com o que penso de mim, consegues ser bem pior.
Já sofri por ti, já ri contigo, já desabafei em ti. Mas hoje, especialmente hoje, vejo que já não me fazes mal. Hoje tenho pena dos nossos momentos, de ter falado, de abrir tudo. Sim, hoje tenho pena, porque estás a mudar por não quereres ser alguém livre como sempre foste. Esconder as frustrações e tristezas de quem te adora, e como eu te adorava...
Hoje digo-te que me és indiferente. Porquê? Porque escolheste isso mesmo, e eu, só tenho que respeitar. Um agradecimento: Obrigada por me ensinares.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Agentes Erosivos
Esta noite fui até ao meu sítio preferido por três vezes, e vi-o de três maneiras diferentes. A Calheta é assim mesmo, um sítio mágico, especial e cheio de mistério. Lá consigo encontrar vários estados de espírito.
Da última vez que lá estive a fumar o meu cigarro pensativo, vi o mar a atacar as grandes rochas sedimentares, já em estado de decomposição. O mar, é um forte agente erosivo, principalmente para as rochas formadas a partir da areia. Ela vai-se desgastando, até ficar em meras partículas soltas. A violência do mar, ao bater nas rochas, cobre-as e quase que as deixamos de ver. A espuma branca, toma conta do amarelo arenoso da paisagem, roubando partículas da sua composição. Por mais resistente que a rocha possa ser, vai deixando de existir, dando lugar à lembrança que, se calhar, muitos registos nem vão lembrar. Depois? Cai no esquecimento...
Dei por mim a pensar nas muitas agressões que a rocha sofreu e ainda vai continuar a sofrer ao longo da sua, já contada, existência. No estado em que já está, já ninguém pode fazer muito por ela, qualquer alteração sofrida é uma pequena morte para o ser já por si inanimado.
Se tivesse consciência e pensamento, que pensaria ela hoje? Pediria para parar? Ajudar para renascer? Ou não teria mais forças para resistir às agressões que lhe são feitas diariamente? Pediria para terminar tudo duma vez? Estará cansada? Dorída? Farta? Chateada? Magoada? Desiludida por lhe roubarem, pouco a pouco a sua beleza? Morta? Desejando a morte?É algo que nunca se saberá... Se ao menos o mar e o vento parassem de sugar-lhe a vida e sussurrassem o que lhes faz fazer aquilo, talvez se apercebessem que a beleza está no equilíbrio do que rodeia tudo. O que vi hoje foi destruição, a continuação dos outros dias. Amanhã? Só Deus saberá...
Tenta descansar, rocha... Nos momentos de trégua e no "tapar de olhos" com a peneira, tenta descansar...
Da última vez que lá estive a fumar o meu cigarro pensativo, vi o mar a atacar as grandes rochas sedimentares, já em estado de decomposição. O mar, é um forte agente erosivo, principalmente para as rochas formadas a partir da areia. Ela vai-se desgastando, até ficar em meras partículas soltas. A violência do mar, ao bater nas rochas, cobre-as e quase que as deixamos de ver. A espuma branca, toma conta do amarelo arenoso da paisagem, roubando partículas da sua composição. Por mais resistente que a rocha possa ser, vai deixando de existir, dando lugar à lembrança que, se calhar, muitos registos nem vão lembrar. Depois? Cai no esquecimento...
Dei por mim a pensar nas muitas agressões que a rocha sofreu e ainda vai continuar a sofrer ao longo da sua, já contada, existência. No estado em que já está, já ninguém pode fazer muito por ela, qualquer alteração sofrida é uma pequena morte para o ser já por si inanimado.
Se tivesse consciência e pensamento, que pensaria ela hoje? Pediria para parar? Ajudar para renascer? Ou não teria mais forças para resistir às agressões que lhe são feitas diariamente? Pediria para terminar tudo duma vez? Estará cansada? Dorída? Farta? Chateada? Magoada? Desiludida por lhe roubarem, pouco a pouco a sua beleza? Morta? Desejando a morte?É algo que nunca se saberá... Se ao menos o mar e o vento parassem de sugar-lhe a vida e sussurrassem o que lhes faz fazer aquilo, talvez se apercebessem que a beleza está no equilíbrio do que rodeia tudo. O que vi hoje foi destruição, a continuação dos outros dias. Amanhã? Só Deus saberá...
Tenta descansar, rocha... Nos momentos de trégua e no "tapar de olhos" com a peneira, tenta descansar...
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Tracy Chapman - Telling Stories
There is fiction in the space between
The lines on your page of memories
Write it down but it doesn't mean
You're not just telling stories
There is fiction in the space between
You and reality
You will do and say anything
To make your everyday life seem less mundane
There is fiction in the space between
You and me
There's a science fiction in the space between
You and meA fabrication of a grand scheme
Where I am the scary monster
I eat the city and as I leave the scene
In my spaceship I am laughing
In your remembrance of your bad dream
There's no one but you standing
Leave the pity and the blame
For the ones who do not speak
You write the words to get respect and compassion
And for posterity
You write the words and make believe
There is truth in the space between
There is fiction in the space between
You and everybody
Give us all what we need
Give us one more sad sordid story
But in the fiction of the space between
Sometimes a lie is the best thing
Sometimes a lie is the best thing
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