Era tão mais fácil se tu fosses um grandessíssimo cabrão. Um insensível cujo maior passatempo fosse magoar-me minuto após minuto. Era muito mais fácil se tu fosses um desses gajos que pega na ex-namorada e a transforma no melhor assunto para criar anedotas ordinárias com o grupo de amigos.
Seria muito mais fácil tu seres assim porque em poucos dias eu passava do amor ao ódio mais rapidamente que um TGV. Passava uma semana a chamar-me estúpida e a culpar-me por ter confiado em ti, outra a tentar perceber o que tinha acontecido, outra a chamar-te todos os nomes possíveis e imaginários, ordinarão, desgraçado, filho desta e daquela, e a querer matar-te cada vez que te visse… e depois cagava no assunto. E esquecia-te de uma vez. Era limpinho.
Mas não. Tu tinhas de ser assim, continuar a ser assim, absolutamente perfeito e correcto. Não evitaste a amizade. Sorris para mim no autocarro, o teu grupinho de amigos não desata à gargalhada cada vez que eu passo, preocupas-te se não me vês na escola, gastas horas e horas em conversas comigo, dizes que sou linda, chamas-me rainha, ‘mor, sweetheart (as nossas conversas em Inglês...), e no final ainda dizes que me adoras e mandas-me um grande beijo.
Bolas, e como eu gosto que tu sejas correcto.
Como é que eu te esqueço assim, diz-me? Se o teu sorriso que eu tento à força apagar entra todas as manhãs na minha mente – bastam uns segundos e lá está ele, uma marca mais forte que ferro em brasa. Como é que eu te esqueço, se tu, só por existires, estás sempre a lembrar-me?
Seria muito mais fácil tu seres assim porque em poucos dias eu passava do amor ao ódio mais rapidamente que um TGV. Passava uma semana a chamar-me estúpida e a culpar-me por ter confiado em ti, outra a tentar perceber o que tinha acontecido, outra a chamar-te todos os nomes possíveis e imaginários, ordinarão, desgraçado, filho desta e daquela, e a querer matar-te cada vez que te visse… e depois cagava no assunto. E esquecia-te de uma vez. Era limpinho.
Mas não. Tu tinhas de ser assim, continuar a ser assim, absolutamente perfeito e correcto. Não evitaste a amizade. Sorris para mim no autocarro, o teu grupinho de amigos não desata à gargalhada cada vez que eu passo, preocupas-te se não me vês na escola, gastas horas e horas em conversas comigo, dizes que sou linda, chamas-me rainha, ‘mor, sweetheart (as nossas conversas em Inglês...), e no final ainda dizes que me adoras e mandas-me um grande beijo.
Bolas, e como eu gosto que tu sejas correcto.
Como é que eu te esqueço assim, diz-me? Se o teu sorriso que eu tento à força apagar entra todas as manhãs na minha mente – bastam uns segundos e lá está ele, uma marca mais forte que ferro em brasa. Como é que eu te esqueço, se tu, só por existires, estás sempre a lembrar-me?
Chris Isakk: Wicked Game http://www.youtube.com/watch?v=-oaHHrNQVrg
2 comentários:
Eles têm a mania de ser perfeitos ou então são-no apenas para nós. :)
São tãnto, que chegam a cegar-nos...
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