sábado, 11 de dezembro de 2010

Bilhete de suicídio

Muitos não fazem ideia de quem sou, muito poucos conhecem-me de raíz. Há quem diga que é eu... Como? Não sei, é algo que transcende a minha linha de pensamentos no escuro. O título deste post é directo e com todos os pontos e acentos possíveis. Bilhete de suicídio. Não é bem este o termo, mas é perto. Trata-se da morte de alguém, da minha. Sim, eu estou a escrever uma nota de termino de vida... Suicídio! Com todas as suas letras, pontos e acentos!

Não vou suicidar-me, até porque já morri. Mas, então, porque escreves isso Miúda? Simples, porque, pouco a pouco, vou renascendo, sobrevivendo até o próximo golpe que me mata. Parece que vou reencarnando na mesma pessoa. É estranho estar a dizer isto, reencarnar na mesma pessoa, mas é o que sinto... Reencarno a mesma pessoa com almas diferentes, há procura da verdadeira aura que rodeia este corpo.

Sabem o que gostaria de fazer um dia? Sair e conseguir ver tudo... Ler pensamentos, saber o que vai na cabeça de algumas pessoas, saber o porquê de alguns comportamentos, saber porque sofro tanto com a ideia de ter amigos. Quem diria... Sofro por ter amigos! Cabe na cabeça de alguém? Na minha cabe pela maneira a que me entrego a eles... Os meus amigos são meus irmãos... É assim que os vejo... Família. Deve ser por isso que tenho poucos amigos mas admito uma coisa: tenho medo deles. Oh Miúda, medo dos teus amigos? Então?

Tenho medo... Porquê? Entrego-me demais e fico vunerável à frente deles. Como é possível? Mostrar coração duro a alguns olhos e ser tão frágil? É como se conseguissem deixar-me isolada na palma da mão e começassem a fechá-la... Tão simples quanto isso. Nem imaginam como me atormenta e mói o facto de ter consciência dos meus limites... E chorar? Quando era cachopa, magoei-me... Fiz um berreiro daqueles que nem tampões salvavam. O meu mano mais velho Disse-me: Mana, tu és forte, e os fortes não choram, são valentes!. Tanto exercício de auto-controle... Agora quero e não consigo...

Estou a morrer... Ou já morri? Só sei que não há quem pegue no caixão, e isso, mata-me ainda mais depressa. Sem lágrimas e com dor.

4 comentários:

Sílvia disse...

É preciso "morrer" para renascer, para criar algo de novo. E às vezes a vida surpreende-nos :)
Espero que consigas ultrapassar esta fase menos boa*

Júlia disse...

epah vai-te mas é tratar!!

Miúda da Ilha disse...

Que go|pe baixo... Este post foi escrito especia|mente para si... Para ver até que ponto vão as ofensas... Já vi que são fracas.

Ariadne* disse...

ás vezes temos mesmo que renascer das cinzas *** mas bem sei que na maioria das vezes a força é muito fraca para tal*