quinta-feira, 17 de março de 2011

Eu + Tu = Nós?

A tua voz sempre na minha mente faz com que os meus pensamentos em relação a ti, não sejam os mais inocentes. Houve um dia... O DIA... Tu fitaste-me com os teus olhos que não confiam em ninguém e fizeste com que eu conseguisse entrar no teu Mundo... Confiaste em mim e eu rendi-me por completo.

Com as minhas defesas completamente nulas, aproximaste de mim e disseste com ar triste que nunca mais me tinhas visto. Deixaste-me sem jeito, sem saber como voltar a colocar toda a minha libido no Off.

Tocaste-me na cara com um gesto terno e rápido e saímos, deixei-te conduzir... Conduziste tudo, para encanto do meu inconsciente. Parámos no meu sítio preferido e ficámos a ouvir música dos anos 80, como nós gostamos. Olhaste para mim e puxaste-me para o teu tronco, largo e protector, e tudo parou. Sem dar de conta, as nossas línguas dançavam ao som da música, ritmadamente sincronizadas, como que já se conhecessem há muito tempo.

A respiração há muito que ficou descontrolada, mas ali valia tudo. As tuas mãos exploravam o meu corpo até que chegaste onde marcava o X. Bastou um toque para que a noite colidisse com o dia e tudo parecia uma mistura de tudo com nada... As respirações mais intensas não demoraram a surgir, mas não queria dar tudo já... Parti eu em busca da descoberta, demos por nós com os X's encontrados com o desejo de os juntar.

O desejo tomou conta de todos os sentidos, onde nada fazia sentido, em que tudo era um só sentido lógico. Era tudo perfeito. O teu olhar, nos meus olhos, faziam com que tudo o que tinha naquele momento fosse teu, todas as minhas estreas, todo o meu Universo que passavam por ali, naquele momento.

Num movimento lento e cauteloso, o tesouro estava prestes a ser descoberto... Toda a magia de conto de fadas estava prestes a surgir, toda a energia, com todos os efeitos. Já nada importava naquele instante... A tua frustração... A tua prisão... A minha frustração... A minha prisão...

Foi na nossa união, no nosso momento de individualização, que realmente percebi que não consigo imaginar-te com mais ninguém a não ser comigo. Foi aí que percebi que não posso esperar por ti tal como tu não podes esperar por mim.

Solta-se a energia como que se estivesse a voar. O céu é lindo, não achas? Flutuar e ver o mundo a parar doutra prespectiva.

Com um beijo, despedimo-nos um do outro perto de tua casa. Não quero ser vista assim... Sabes bem que não quero ser a outra. Tu és a minha pessoa, com todos os meus pensamentos e ideais e não quero sujeitar-te a outro tormento interior... Mais um...

Entrei no carro e fechei a porta... Dei por mim a sobressaltar na minha cama... No meu quarto... 7h30, hora de ir para o trabalho...

Bolas, vou trabalhar...
Foi um sonho... Um sonho que parecia tão real... Tão verdadeiro... Que significou? O pior? Chegar ao trabalho e ver-te lá, instantes depois do sonho real... Está na hora de apagar novamente. Sentimento: deslgado até a próxima...

8 comentários:

Carla disse...

O que sempre me frustrou, aquilo que ainda hoje não entendo e me rouba horas de sono é o facto de eles terem decido começar aquilo que não queriam levar até ao fim (o que quer que seja esse fim).

hug

Miúda da Ilha disse...

É o jogo do gato e do rato que não ata nem desata... E cansa tanto... Tira grandes pedaços de nós e o desgaste é arrebatador.

hug

Carla disse...

Era preferível que não o tivessem feito, uma ideia é mais facilmente ultrapassável do que a certeza dos factos.

Miúda da Ilha disse...

É pior que o Prison Break... You can run but you can't hide. =D

Anónimo disse...

Lindo...

Miúda da Ilha disse...

Obrigada. :)

Sílvia disse...

Um post muito intenso, sem dúvida. Também já fiz isso de sonhar e apagar... Agora estou a tentar lidar com a realidade, mas não é fácil.

Pedro disse...

Está muito bonito :))