
quinta-feira, 25 de março de 2010
Uma carta

terça-feira, 23 de março de 2010
Uma divagação

Está lá representado o nosso consciente (na parte imersa) e o nosso inconsciente (na parte submersa). Entre estes dois, existe uma minúscula porção de pré-consciente. Nestes instrumentos cognitivos, estão representados também o ID, o ego e o superego. Para os curiosos, o Google é um excelente motor de busca.
Muitos se calhar, devem achar que o psicanalista era doido. Desde quando é que, afinal, somos mais selvagens do que se pensava? Não somos animais racionais? Mas, então... Porquê?
Tão simples e no entanto tão complicado... Temos funções básicas, movimentos involuntários, reacções instantâneas a todos os impulsos interiores/exteriores. O bater do coração, respirar ou até mesmo o afastamento da mão quando nos queimamos. Sim, este último. Um exemplo tão prático. Estamos nós a cozinhar, muito bem... Deitamos tudo para dentro da panela e pomos o fogão a funcionar. Tudo igual o que é costume, mesmo ingredientes, mesmas quantidades, mesma pressão gasosa (caso o gás esteja a acabar, já é outra divagação). De repente, lembramos de ir ver se o "Bispo visitou cozinha" (dizem aqui isso quando a comida queima, go figure?). Basta uma distracção e acabamos por colocar a mão na parte mais quente da panela. O nosso instinto? Afastar a mão mais rápido que a velocidade da queimadura. Arde como um raio e metemos a mão debaixo da água fria. Depois, amandamos umas caralhadas e chamamos todos os nomes conhecidos e não conhecidos à panela que não devia estar quente nessa altura.
Olhamos para a panela, e se estiver alguém que não seja pior que nós na cozinha, pedimos para terminarem de cozinhar. Depois pedimos para fazer o almoço no outro dia, e o jantar, e novamente almoço... Até que passamos uns tempos longe da cozinha, com uma reina maldita àquela panela. Passar pela porta sem olhar. É por isso que não cozinhas mais? Vais fugir de todas as panelas?
Eu, penso, mas penso muito. Penso para mim:
Mas porque é que te queimaste, Miúda? És parva, só pode, não fazes uma certa.
É então que retiro as minhas próprias conclusões. Tenho várias soluções. Deitar a panela fora depois de saltar em cima dela e dizer todo o mal que me fez... Nunca mais me aproximar da cozinha... Deixar a panela num canto qualquer e olhar com ar de desprezo e dizer que está de castigo, fazendo inveja com outras panelas, fazendo festinhas nelas...
Penso nas consequências. Ódio, não me irá trazer satisfação nenhuma, ajo através do meus impulsos (inconsciente outra vez?). Não posso simplesmente ignorar, já que se o fizer, morro à fome. Castigar? Julgar? Quem faz isso é apenas um.
Vou manuseando, apalpando, devagar, até conseguir esquecer o que se passou. Num desses movimentos investigantes, descubro que a panela, afinal, já deu o que tinha a dar. É então que encosto-a de vez e vou usando outras enquanto... Amanhã ou depois, compro outra, quando me fizer falta.
Ainda dizem que somos racionais? Há coisas que falam por si. Nós não somos melhores que os outros seres que vemos. No fim de contas, somos todos iguais, só temos a capacidade de saber que 1+1=2. Os nossos instinto são inconscientes, tão inconscientes que o nosso primeiro impulso a uma emoção forte, é, simplesmente, fugir. O pior de tudo? Diz-me tu.
Chega, não escrevo mais porque ninguém vai ler.
Alanis Morissette:You Learn http://www.youtube.com/watch?v=GFW-WfuX2Dk
You live you learn
You love you learn
You cry you learn
You lose you learn
You bleed you learn
You scream you learn
You grieve you learn
You choke you learn
You laugh you learn
You choose you learn
You pray you learn
You ask you learn
You live you learn
segunda-feira, 22 de março de 2010
I Tought We be...
This grief overwhelms me
I thought we'd be simple together
You've been my soulmate and than some
This loss is numbing me
I thought we'd be sexy together
If I had a bill for all the philosophies I shared
I thought we'd be genius together
Thought we'd be exploring together
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Um cansaço

Puro e simples cansaço, no verdadeiro sentido da palavra.
Hoje, sinto um cansaço que provoca o vazio.
O cansaço que se transforma em dor, invisível para toda a gente,
Bem real para mim, para nós, todos os que habitam em mim.
Será a alma a partir ou será o nada a entranhar-se no meu corpo?
Só quando o sentir, na sua plenitude, o poderei relatar, sem respostas concretas.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Movimento Perpétuo Associativo
O planeta Terra, gira sobre si mesmo, fazendo assim a distinção entre o dia e a noite. Atrás de si, como quem joga à apanhada mas nunca apanha, está a Lua, que tem uma rotação onde envolve a Terra, fazendo dela o seu ponto central. A Terra é rainha e senhora de um satélite natura que não tem vida sozinha.
Por sua vez, a Terra, tal como os outros planetas, giram à volta do Sol, astro Rei, traçando uma rota sincronizadamente imperfeita entre eles. Nesse movimento, é-nos dado a sentir as várias estações do ano, conforme a proximidade da vassalagem do nosso humilde planeta.
Aos nossos olhos, o Sol é imenso, forte, que enche de via a nossa Galáxia, mas... O Sol é algo tão pequeno se compararmos com todo o Universo... Por isso, o Sol não se move, fica ali, parado, à espera que todos girem à sua volta, para ser idolatrado em todo o seu limitado explendor.
Christina Aguilera: Beautiful http://www.youtube.com/watch?v=HHXUDAU7NxI&feature=related

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Fuckin' love...

Seria muito mais fácil tu seres assim porque em poucos dias eu passava do amor ao ódio mais rapidamente que um TGV. Passava uma semana a chamar-me estúpida e a culpar-me por ter confiado em ti, outra a tentar perceber o que tinha acontecido, outra a chamar-te todos os nomes possíveis e imaginários, ordinarão, desgraçado, filho desta e daquela, e a querer matar-te cada vez que te visse… e depois cagava no assunto. E esquecia-te de uma vez. Era limpinho.
Mas não. Tu tinhas de ser assim, continuar a ser assim, absolutamente perfeito e correcto. Não evitaste a amizade. Sorris para mim no autocarro, o teu grupinho de amigos não desata à gargalhada cada vez que eu passo, preocupas-te se não me vês na escola, gastas horas e horas em conversas comigo, dizes que sou linda, chamas-me rainha, ‘mor, sweetheart (as nossas conversas em Inglês...), e no final ainda dizes que me adoras e mandas-me um grande beijo.
Bolas, e como eu gosto que tu sejas correcto.
Como é que eu te esqueço assim, diz-me? Se o teu sorriso que eu tento à força apagar entra todas as manhãs na minha mente – bastam uns segundos e lá está ele, uma marca mais forte que ferro em brasa. Como é que eu te esqueço, se tu, só por existires, estás sempre a lembrar-me?